domingo, 3 de dezembro de 2006

O Barulho do Sonoro


Tamos em Dezembro, mes ami ( meus amigos em franciu).


Época de muita paz, amor e alegria ( isto soa tão bem, não soa? ), compras e mais compras, filas e mais filas ( não se diz bicha que é feio) e abusos gastronómicos ( no ano novo começamos a dieta) e no fim um big saldo negativo na conta bancária.


Dentro de alguns dias irá passar numa televisão perto de si, pela milionésima nonagésima septuagésima oitava vez, o filme The Sound of Music, mais conhecido cá nas nossas bandas por Música no Coração.


No país irmão é mais conhecido como A Noviça Rebelde ( deve-se ler com sotaque A Noviça Rebeldji).


Acho que este é o título mais apropriado para o filme, senão vejamos:


A história é sobre uma pseudo freira que morava lá para as bandas da Austria, num sítio muito frio e alto, rodeado de montanhas cheias de neve. Só lá falta vermos a vaca Milka a pastar.

Esta freira gostava mais de cantar do que rezar, pois lá no convento não punham almofadinhas debaixo dos joelhos quando rezavam e a nossa menina ficava com os ditos todos negros, o que não era bem visto numa jovem casta e pura como a nossa freirinha.

Para escapar ás rezas diárias, lá ia a Maria ( que nome tão apropriado ) para o cimo da montanha, cantar á desgarrada com os passarinhos.


Certo dia, a Madre manda-chuva decide castigar a Maria pelos suas constantes escapadelas e mentiras. Ninguém no convento acreditava que a Maria subia todos os dias á montanha apenas para cantar ( aquelas freiras tinham todas umas mentes depravadas ).


Assim, a Maria foi obrigada a ir para casa de um Capitão da Marinha com sete filhos para cuidar.


Ora aí está um dos grandes mistérios da minha vida: alguém sabe qual é o mar que banha a Austria? E porquê que havia Marinha naquele país?


Como estava eu dizendo, a Maria foi cuidar dos filhos do tal capitão, que por sinal era viúvo e muito bem parecido, para os padrões da época, claro.


Palavra puxa palavra, canção puxa canção, a nossa Maria acaba por ensinar o capitão a cantar e ele não se fazendo rogado, ensina-a a tocar (não me lembro qual o instrumento-ver filme).


A nossa pseudo-freira manda o convento para as urtigas e acaba por casar com o capitão bem parecido e ser madrasta dos setes pestinhas.


Depois de muitas peripécias que não vou contar, porque estraga a visualização do grande épico, o dito termina com a família feliz a subir as montanhas para ir para a Suiça e assim escapar das garras tenebrosas do lunático do Adolfo.


Dizem por aí, que lá na Suiça a nossa ex-freira pôs os palitos ao Capitão e os pirralhos de castigo a verem a Floriseca.


A nossa Maria agora trabalha para a TVI e vai fazendo chocolates na novela da concorrência.


Chamem-lhe parva, chamem.